-
O MST Invade Terra No Interior De Goiás
-
Fazenda foi palco de crimes de tráfico de pessoas e exploração sexual
- Por Brendow Felipe
- 26/03/2023 15h32 - Atualizado há 1 ano
Uma fazendo em Hidrolândia, interior de Goiás foi palco de uma nova invasão do MST (Movimento dos Sem Terra).
O MST divulgou que a atitude foi tomada por mulheres do movimento e faz parte da Jornada Nacional de Luta das Mulheres Sem Terra, que ocorre em todo país durante o mês das mulheres.
- Para mais notícias do dia a dia e curiosidades, acesse o site do correio agora, clicando aqui.
O ato sucede às vésperas do chamado “Abril Vermelho”, tradicionalmente o mês que em o MST lidera uma série de ocupações no campo.
São quase 600 famílias que participam da invasão à Fazenda São Lukas. Segundo o MST, a área ocupada integra o patrimônio da União desde 2016 e era de uma quadrilha, condenada em 2009, pelos crimes de exploração sexual e tráfico internacional de pessoas.
O MST traz numeros da Polícia Federal, que mostra que a quadrilha era integrada por 18 pessoas utilizavando o lugar para prender dezenas de mulheres, onde a maioria delas menores de idade. Elas eram traficadas para a Suíça e submetidas à exploração sexual.
O crime teve atuação por três anos e as vítimas eram, mulheres goianas de origem humilde das cidades de Anápolis, Goiânia e Trindade, segundo a Polícia Federal.
Foto: Coletivo de comunicação MST
Segundo a Polícia Federal, a fazenda foi comprada com dinheiro vindo do tráfico humano. Integrantes do grupo chegaram a estar na lista de Difusão Vermelha da Interpol para foragidos internacionais.
“Com a nossa Jornada, denunciamos o crescimento da violência contra as mulheres do campo e esta área representa o grau de violência que sofremos”, explicou em nota Patrícia Cristiane, da direção nacional do MST.
Além dessa luta contra a exploração sexual das mulheres e menores, a ocupação também busca que a terra cumpra sua função social.
- Para mais notícias do dia a dia e curiosidades, acesse o site do correio agora, clicando aqui.
“Exigimos que esta área, que antes era usada para violentar mulheres, seja destinada para o assentamento destas famílias, para que possamos produzir alimentos saudáveis e combater a violência”, avalia Patrícia Cristiane sobre o caso.