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  • O MST Invade Terra No Interior De Goiás


  • Fazenda foi palco de crimes de tráfico de pessoas e exploração sexual

Uma fazendo em Hidrolândia, interior de Goiás foi palco de uma nova invasão do MST (Movimento dos Sem Terra).

O MST divulgou que a atitude foi tomada por mulheres do movimento e faz parte da Jornada Nacional de Luta das Mulheres Sem Terra, que ocorre em todo país durante o mês das mulheres.

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O ato sucede às vésperas do chamado “Abril Vermelho”, tradicionalmente o mês que em o MST lidera uma série de ocupações no campo.

São quase 600 famílias que participam da invasão à Fazenda São Lukas. Segundo o MST, a área ocupada integra o patrimônio da União desde 2016 e era de uma quadrilha, condenada em 2009, pelos crimes de exploração sexual e tráfico internacional de pessoas.

O MST traz numeros da Polícia Federal, que mostra que a quadrilha era integrada por 18 pessoas utilizavando o lugar para prender dezenas de mulheres, onde a maioria delas menores de idade. Elas eram traficadas para a Suíça e submetidas à exploração sexual.

O crime teve atuação por três anos e as vítimas eram, mulheres goianas de origem humilde das cidades de Anápolis, Goiânia e Trindade, segundo a Polícia Federal.



 Foto: Coletivo de comunicação MST



Segundo a Polícia Federal, a fazenda foi comprada com dinheiro vindo do tráfico humano. Integrantes do grupo chegaram a estar na lista de Difusão Vermelha da Interpol para foragidos internacionais.

“Com a nossa Jornada, denunciamos o crescimento da violência contra as mulheres do campo e esta área representa o grau de violência que sofremos”, explicou em nota Patrícia Cristiane, da direção nacional do MST.

Além dessa luta contra a exploração sexual das mulheres e menores, a ocupação também busca que a terra cumpra sua função social.

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“Exigimos que esta área, que antes era usada para violentar mulheres, seja destinada para o assentamento destas famílias, para que possamos produzir alimentos saudáveis e combater a violência”, avalia Patrícia Cristiane sobre o caso.